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Se há bebida que rende, e muito, fazer em casa comparativamente a bebê-la num estabelecimento essa bebida é a sangria. E quando digo que é melhor fazê-la em casa do que bebê-la num restaurante ou num bar, não me refiro exclusivamente à parte financeira, mas sobretudo ao facto de sabermos o que bebemos, ao contrário da sangria que é servida em muitos sítios, onde nos habilitamos a beber restos de vinho, sangria já engarrafada com umas frutas ou, simplesmente, sangria mal feita, sem qualquer noção da combinação de ingredientes.

Apesar de não ser difícil de fazer, continua a haver muita gente que não sabe os ingredientes e passos a seguir. O Xenu dá uma ajudinha, com uma das muitas receitas possíveis, mas que não deixa ninguém ficar mal: nem quem a faz, nem quem a vai beber.
Ingredientes – 1 litro de sangria

– 0,75 l de vinho tinto
– 0,20 l de gasosa (é o mais recomendável) ou 7up ou Sprite
– 100 gr. de açúcar
– 1 laranja grande cortada em pedaços
– 1 limão cortado em pedaços
– 1 maçã cortado em pedaços
– 1 pau de canela

1. Numa superfície suficientemente grande (um jarro que tenha capacidade para 1,5 l, já que será necessário ter mais espaço para as frutas) , coloque as frutas cortadas.
2. Junte o açúcar
3. Coloque o vinho e mexa toda a mistura até o açúcar ficar dissolvido.
4. Coloque o pau de canela
5. Leve ao frigorífico pelo período mínimo de uma hora, para que se concretize o passo essencial: o vinho ganhar o sabor das frutas e adoçicar, graças à acção do açúcar.
6. Quando fôr altura de servir, junte a gasosa. Não deve ser colocada antes disso, para que a sangria esteja gaseificada quando fôr servida. Se fôr colocada antes, perde o efeito desejável.
7. Se não estiver suficientemente fresca, poderá adicionar algumas pedras de gelo.

Notas adicionais:
Poderá adicionar outros ingredientes a seu gosto. Um relativamente comum é a hortelã, que deve ser colocada com moderação (um ramo é mais do que suficiente para um litro de sangria), para não anular os outros sabores. Há quem goste de colocar outras bebidas, como brandy, licor ou vodka, mas recomendo apenas se desejar dar um ligeiro toque personalizado, já que se corre o risco de a bebida perder o seu traço original se houver um excesso destas bebidas mais fortes.
Sumos de polpa é verdadeiramente de evitar. Imaginem o que é beber sangria e virem bocados de polpa à boca. Os sumos tipo Ceres talvez não fiquem mal, mas não posso falar por experiência própria.
Poderão, eventualmente, utilizar outros frutos, já que aqueles que pus na receita são os standard e os que ajudam a dar um sabor agradável ao vinho. Nunca utilizem melancia, pois a mistura deste fruto tem um efeito indesejável no estômago.

Hoje é dia de Piña Colada aquilo pelo Xenu. Muita gente gosta deste famoso cocktail, mas poucos sabem fazê-lo com mestria. É assim um bocado como o sexo. Por isso deixo aqui a receita para ter sucesso… nos cocktails!

Ingredientes:
4 cubos de gelo 
0,4 dl de sumo de ananás 
0,4 dl de rum claro 
0,4 dl de batida de coco 
1 rodela de ananás natural 

Preparação:

Coloque os cubos de gelo e o sumo de ananás no shaker.
Junte o rum e a batida de coco.
Agite durante 15 segundos e deite para um copo gelado, através dum passador.
Decore com a rodela de ananás.
Sirva com uma palhinha.

peraUm dos sumos de fruta que pode fazer rapidamente e que é bem saboroso e nutritivo é o de pêra. O que parece ser uma brincadeira, porque até um macaco bem treinado consegue fazer o tal sumo, é afinal bem mais intrincado. Ora cá vai… 

Ingredientes:  1 pêra bem madura, 1 colher de sopa de mel, 1 pitada de canela, 1/2 copo de água, 1 colher de sopa de sumo de limão 

Preparação: 

Descasque a pêra e retire o caroço. Corte-a em pedaços. Deite todos os ingredientes num recipiente. Passe-os durante 20/30 segundos com a varinha mágica (o utensílio de cozinha). Consumir bem fresco.

O gosto pelo wiskhey é uma das minhas características. Depois de uma adolescência em que a minha relação com  dita bebida era, para mal dos meus pecados, afectada por coca-colas, sumos e afins (que estraga tanto o Whisky como o Fernando Santos estraga o juízo aos adeptos do Benfica), aprendi a beber como deve ser. E hoje posso confessar-me um apaixonado por aquela bebida sobre a qual James Elliot disse ser “tão boa como uma noite de paixão com duas virgens”.

 

Bom, o nosso Elliot viveu em 1845 e se por cá andasse ainda ia perceber a barbaridade que disse, mas eram outros tempos. Agora ter duas virgens na mesma noite é como encontrar bom senso na cabeça da Elsa Raposo ou droga numa esquadra da PSP (bom, se calhar…). Aliás, a noite que ele previu é tão provável no nosso Portugal como um norte-americano não ter o colesterol alto. Mas abreviando razões, a paixão pelo whisky é antiga e bem construída. Por tudo isto estou habituado a uma pergunta fatídica.

 

Ela aparece sempre, inevitável como a piada indelicada do amigo bêbado que nos deixa encavacados à frente dos restantes presentes, a questão “quantas pedras?” é uma constante para o apreciador deste líquido. Quer seja um brasileiro numa pizzaria fina ou um alentejano castiço chamado Quim Zé numa tasca da Amadora, ela vai aparecer… E atenção, se a pergunta for feita numa das ruelas do Bairro Alto, aí já é o Jaimão a vender haxe. De qualquer forma, a resposta que tem inquietado muita gente é três pedras.

 

Fora alguns membros da velha guarda, que gostam do whisky puro, sem gelo, a traçar o esófago, todos os restantes necessitam de gelo para arrefecer o conteúdo do copo, “adormecendo” o palato, centro sensorial da boca e evitando assim aquelas caretas características, que aqui entre nós são tão masculinas como as crónicas do Carlos Castro na TV Mais ou os ‘sketches’ do Herman José e Joaquim Monchique na SIC. Logo, é necessário ter gelo no copo.

 

Uma pedra não arrefece suficientemente a bebida, com duas a coisa melhora, mas é a terceira que não deixa qualquer tipo de dúvidas. Tem muito mais glamour e não se corre o risco de ter uma bebida morna junto à base e gelada no topo, onde o gelo boia.

 

Para além disso, de acordo com “The elder brother of scotch”, bíblia dos apreciadores de whisky, as pedras servem também para “celebrar”, com as pedras a “criarem uma harmonia florescente que acompanha o momento”. Uma outra corrente sugere que a tradição das três pedras aparece durante as fases prévias das grandes batalhas britânicas, quando em alturas de desafogo os guerreiros bebiam um cálice de whisky, colocando três pedras (não de gelo, mas do chão), de modo a ter protecção da Santíssima Trindade. As pedras recolhidas do local onde se celebrava entravam em contacto com o álcool e libertavam elementos com propriedades químicas que deixavam os guerreiros com a “pica toda” para lutar, estando por isso sobre esta base o lado viril da bebida em causa.

 

De qualquer modo, mais importante que a história é o presente e se quer deixar boa impressão à mesa, aposte sempre nas três pedras.

Dica tranquila: Em algumas zonas do país, a água da torneira apresenta altos valores de alcalinidade ou acidez, que necessariamente alteram as propriedades da bebida. Ora como o gelo é normalmente feito a a partir da água da torneira, convém ter atenção. Num copo de coca-cola, se calhar o problema não é muito grande, mas quando se trata de um bom whisky, a coisa muda de figura. Aconselho por isso que deixe de parte uma ‘couvette’ no congelador para fazer gelo com água engarrafada para saborear melhor o seu whisky. Também pode optar por sacos de gelo já preparados, como é o caso dos da Luso, à venda nos supermercados. Vai ver que vale a pena.